Do que sou feito, sou parte da ignorância do meu pai alcoólatra, mas sou também da firmeza e da verdade, da sabedoria que é minha mãe. Sou parte de um sertão cearense, de tanger cabra, bode, cabritos, de buscar água nos açudes, de subir nas pequenas árvores. Sou parte da migração para o litoral de São Paulo. Favela, mangues, palafitas, pobreza, miséria, fome. Sou parte, sala de aula e esperança, a violência do dia-dia, do descaso com minha infância. Sou parte, destituída de qualquer futuro. Mas sou o que restou. De tudo que passou, sou a bravura e a coragem dessa pequena mulher, negra, analfabeta, que nunca desistiu de seus filhos, minha mãe. Sou você. O que renasce em mim todos os dias.
Belo texto, poeta! Abraços!
ResponderExcluirTexto maravilhoso. Bem vindo ao clube dos blogueiros Cícero. Você tem um talento enorme.
ResponderExcluirJá inclui no Blog do Maybuk o seu na condição de blogs importantes.
Um grande abraço
Maybuk.
Por isso te admiramos caro professor Cicero.
ResponderExcluirGrande Abraço.
Mário & Maria
vala mim deus... par caso
ResponderExcluirpor isso
filho
pra caramba de bom
alho.
rsrs, parabéns.