A luz no objeto
Não uma luz transcendente ou dramática,
mas sim, uma luz que brinca na superfície
das águas,
nas folhagens, nos tecidos, nos cabelos,
tornando tudo efêmero e fluido.
Levando o mundo a se dissolver nos
reflexos, nas brumas, nos brilhos,
essa atração pelos neutros estímulos
óticos,
Essa vibração no oxigênio, no carbono.
Essa metamorfose química.
Onde se oculta?
Por vezes, uma estranha energia
robusta, inquieta e inquietante,
que parece brotar de um prisma.
Suas formas abstratas, iluminadas, atingem
uma eternidade bem-aventurada
para além da frivolidade da vida.
Cícero Souza
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